O que me importa agora
É o entendimento
O raso que fica quando acaba a dor
O amor viveu no seu momento
Agora ficamos os dois
Ases sem espada
Nem um morto
baralhos
Sem carta
sábado, 20 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
Hoje meu coração chora
E é por ti
Que via a menina
Que ninguém sabia que sonhava
Com a menina
Ninguém podia
Nem queria
Porque os sonhos
Eram altos
E tão dela
Que só a poesia entendia
Mas você no alto da sabedoria
Sonhou o sonho da menina
Voou nos altos da menina
Criou o poema da menina
A menina que via
Existia
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Último suspiro
O amor atravessa paredes
Não há redes para o amor
O amor amanhece quando falta
O amor conhece quando cala
Não há suspiro sem amor
O amor entende o infinito
Mesmo quando finito
Mesmo quando há dor
E quando
com lágrimas
A calma vigia a alma
Quando tudo se desfaz
O amor beija seu rosto
Te enfrenta a face
E te ama
domingo, 22 de agosto de 2010
Relaxada
sábado, 3 de julho de 2010
Sã
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Botões e espinhos
Tava aqui pensando com meus botões, depois de uma semana intensa. Na verdade, estava aqui tentando costurar meus botões. Ou quem sabe mesmo só prestar mais atenção nas flores, já que eu ando assim tão espinho. Estava aqui com saudade e nem sei se é isso mesmo que eu sinto ou se é medo do fracasso. Você esteve aqui tantos dias e às vezes era só sua voz que ecoava aquelas mesmas coisas que eu já não ouvia. E agora, sei lá. Bem que você podia estar aqui pra ventilar esse cheiro cortante e me trazer um pouco de ar, já que eu ando me desistindo. Ou talvez eu tenha mesmo que me entregar a essa inércia ácida, que me revira o estômago e me faz calar. Eu ando pensando tanto e me lembro de estar perto de você e tentar não pensar na vontade de te ver longe. E me lembro de sorrir um sorriso pequeno, com um gosto sereno, de quem cansou de amar. Mas você foi embora e a essa hora eu só posso me conter, sem chorar. Fui eu quem abandonou um amor vivo. Você simplesmente resolveu fechar os botões.
terça-feira, 23 de março de 2010
Serafim
Dói demais essa promessa
reverso do samba que eu cantei
e eu jurei não te esperar
hoje teu pesar é o meu cobertor
leva minha dor
um sonho profundo de amor
foi apenas um engano
tinta sem quadro
um poeta sempre errado
mal amado por profissão
hoje eu sou um não
e uma alma assim tão triste
mas tenho o peito em riste
me chamo imensidão
Confissão
É que me entrego assim
em detalhes
e sou dada à vontades loucas
que me invadem
assim como seu cheiro
e seu sorriso
Não preciso daquilo
que não me cabe
mas me atiço
e me perco e me acabo
nesse seu olhar mestiço
em detalhes
e sou dada à vontades loucas
que me invadem
assim como seu cheiro
e seu sorriso
Não preciso daquilo
que não me cabe
mas me atiço
e me perco e me acabo
nesse seu olhar mestiço
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Poema sem endereço
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Ok, virei uma bruaca. Chata, irritada, irritante, enfadona e broxante. Ando dormindo de camisola de algodão com florzinhas brancas e choro com a novela das oito. Parei de pintar a unha de vermelho, de manchar a cama de vermelho, de te deixar vermelho. Agora uso nude e assisto GNT. Ok honey, meus peitos vazam e incham e quando sugados caem, despencam, e levam junto meu humor e qualquer possibilidade de uma noite de vem cá meu nego. É isso aí, não tenho menor saco para assistir a mais nova comédia iraniana e nem sequer sonho em saber o último blockbuster das livrarias. E tem mais! Ando apaixonada pela empregada, que atualmente é mais útil que qualquer ser humano. Aliás, se ela me beijasse na boca era com ela que eu casava. Até porque ela me entende e me escuta. Tudo bem que ela é paga pra isso. Mas toda relação tem troca e preço e você tá saindo muito caro, meu amor. E nem venha me trazer um chazinho! Ando precisando mesmo é de whisky on the rocks na veia. De preferência de canudinho.
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