sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Poema sem endereço


Guardo em mim
Esse segredo
Esse beijo velado
E seu gosto que não conheço
Guardo em mim
Esse medo
De um toque roubado
Um olhar sem desfecho

Guardo e deixo calado

Meu poema apaixonado
Não terá endereço

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010



Ok, virei uma bruaca. Chata, irritada, irritante, enfadona e broxante. Ando dormindo de camisola de algodão com florzinhas brancas e choro com a novela das oito. Parei de pintar a unha de vermelho, de manchar a cama de vermelho, de te deixar vermelho. Agora uso nude e assisto GNT. Ok honey, meus peitos vazam e incham e quando sugados caem, despencam, e levam junto meu humor e qualquer possibilidade de uma noite de vem cá meu nego. É isso aí, não tenho menor saco para assistir a mais nova comédia iraniana e nem sequer sonho em saber o último blockbuster das livrarias. E tem mais! Ando apaixonada pela empregada, que atualmente é mais útil que qualquer ser humano. Aliás, se ela me beijasse na boca era com ela que eu casava. Até porque ela me entende e me escuta. Tudo bem que ela é paga pra isso. Mas toda relação tem troca e preço e você tá saindo muito caro, meu amor. E nem venha me trazer um chazinho! Ando precisando mesmo é de whisky on the rocks na veia. De preferência de canudinho.